Um indivíduo foi apprehendado em flagrante na cidade de Maringá por ter cometido atos de ameaça, perseguição e por abandonar uma pessoa incapaz. A vítima é sua parceira, e as vítimas indefesas são seus dois filhos: uma menina de seis anos e um menino de um ano e seis meses. As crianças ficaram desacompanhadas em casa a partir do último domingo, dia 20, quando a vítima foi hospitalizada. A prisão foi efetuada nesta quinta-feira, dia 24.
A Delegada responsável pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), Karen Friedrich Nascimento, revelou que os incidentes de agressão tiveram lugar na noite do último sábado. Na presente quinta-feira, a mulher confirmou que havia sido alvo das ações violentas por parte de seu companheiro. As agressões foram tão severas que ela precisou passar por uma cirurgia para a retirada do baço, devido aos chutes infligidos pelo agressor.
Tendo tomado ciência dos eventos, as autoridades policiais dirigiram-se ao hospital para colher o depoimento da vítima. Elas foram informadas de que o indivíduo em questão tentara entrar no hospital várias vezes, inclusive momentos antes da chegada dos agentes policiais.
Ao chegarem ao quarto da vítima, os agentes de polícia presenciaram o suspeito realizando chamadas de vídeo e fazendo ameaças à mulher.
Segundo informações da Delegada, a equipe policial localizou o indivíduo na Central de Monitoramento, adjacente à Delegacia de Maringá, para onde ele se dirigira para tratar de assuntos relacionados ao uso de uma tornozeleira eletrônica. Vale notar que o homem detido possui histórico criminal por roubo. Durante a busca em sua residência, foi encontrado um simulacro de arma de fogo e indícios que sugerem envolvimento com tráfico de drogas.
A Delegada do Nucria relatou que, após a divulgação de que os filhos da vítima das agressões teriam sido deixados sozinhos em casa pelo suspeito, o Conselho Tutelar Zona Norte, acompanhado pela Guarda Municipal, dirigiu-se ao local para verificar a situação. A menina de seis anos relatou que, desde o domingo em que sua mãe fora hospitalizada, ela e seu irmão de um ano e seis meses tiveram que se contentar com pequenas porções de leite e bolachas como alimentação. Ela também relatou que o irmãozinho chorou incessantemente de fome e medo.
O menino apresentava várias lesões corporais, possivelmente decorrentes de queimaduras, o que será objeto de investigação pelas autoridades policiais.
