Após morte de jovem, Associação de Moradores da Zona 7 realizará ato pedindo mais segurança

A Associação de Moradores da Zona 7 realizará, nesta quarta-feira, 1º, uma manifestação em prol da segurança pública, ocasionado por conta do assassinato da jovem Samantha Campana, morta neste domingo, 29, vítima de um possível latrocínio, na Avenida João Paulino Vieira Filho.

A ação coletiva acontecerá na Travessa Jorge Amado, entre o Mercado Municipal de Maringá e o Mercadão Fratello, local onde a jovem trabalhava e buscou ajuda após ser esfaqueada.

Na manhã desta terça-feira, 31, será realizada uma reunião com representantes da Prefeitura de Maringá, OAB, Polícia Militar, Guarda Municipal, Secretaria de Assistência Social, Conseg Maringá, Acim e demais entidades para debater a situação da segurança, sobretudo na região central e na Zona 7 do município.

“Estamos buscando a união de todos os comerciantes, prestadores de serviço, bancos e outros empresários, para lutarmos por melhorias na segurança desta área.

Sendo assim, queremos contar com sua presença em uma reunião que será realizada nesta terça-feira, dia 31 de janeiro de 2023, às 9h30, no Edifício Hermann Lundgreen, 1º andar, situado à Travessa Guilherme de Almeida, 36.

Será uma oportunidade de levarmos nossas reivindicações às autoridades de segurança: Polícia Militar, Guarda Municipal, Prefeitura, SASC, Conselho de Segurança, entre outros, e conjuntamente buscar uma solução urgente”, diz a carta-convite.

Na noite desta segunda-feira, 30, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), publicou uma série de comentários em uma rede social, lamentando a morte da jovem e afirmando que tem cobrado, ao Governo do estado, mais efetivo para a Polícia Militar e Civil na cidade.

“Lamento profundamente a morte da jovem trans, Samantha Campanha, de 23 anos. Que a família consiga encontrar em Deus o conforto necessário nesse momento de grande dor. Desde ontem, tenho acompanhado as investigações por meio da nossa Secretaria de Segurança Pública.

Estive com nosso secretário Ivan hoje para prestarmos todo apoio para que o culpado não saia impune. Pela manhã, equipes de investigadores estiveram na Guarda Civil Municipal para verificar nossas câmeras de monitoramento.

Temos cobrado há muito tempo mais efetivo para a Polícia Militar e civil na cidade. A guarda não tem competência jurídica para agir e prender em situações como esta. De qualquer forma, nossa guarda está em força-tarefa com rondas constantes em locais considerados de mais risco.

A Prefeitura tem oferecido apoio às pessoas em situação de rua, acompanhamento psicológico, internação em comunidades terapêuticas, além de ações pelo consultório de rua. Muitos se recusam ao tratamento. É um problema complexo e que depende da ação de todos.

Inclusive, a necessidade de as pessoas pararem de dar esmolas nas ruas e semáforos. Isso tem estimulado pessoas virem para Maringá e ficarem em situação de mendicância. Para ajudar tem que encaminhar essas pessoas para a assistência social.

Sei que é de bom coração, mas a melhor ajuda é indicar para o tratamento, acolhimento e a dignidade de um trabalho. Estamos fazendo tudo ao nosso alcance!”

O CRIME

A jovem trans Samantha Campanha, de 23 anos, morreu na tarde deste domingo, 29, após ter sido esfaqueada na região do peito. Samantha foi vítima de um suposto latrocínio – crime de roubo seguido de morte.

A jovem estava no intervalo do trabalho, próxima ao estacionamento do terminal, localizado entre a Avenida João Paulino Vieira Filho e Avenida Horário Raccanello, quando foi abordada por um homem que desferiu um golpe de faca contra a vítima.

Samantha chegou a pedir ajuda próximo ao local onde trabalhava. Ela foi socorrida, mas sofreu duas paradas cardíacas e faleceu no momento em que dava entrada no Hospital Universitário de Maringá.

A morte da vítima causou muita comoção em Maringá e elevou o debate sobre a questão da segurança pública na região da Zona 7 e do centro da Cidade Canção.

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